Dados do autor | |
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Sua instituição | Universidade Federal de São Paulo UNIFESP |
País de origem do autor | Brasil |
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores] | |
Sua titulação | Mestrando |
Proposta de Paper | |
Área Temática | 16. História |
Grupo Temático | Infancia y sus múltiples historias en las Américas y Caribe |
Título | Entre o íntimo e o instituicional: as Cartas dos irmãos Bertaso (1917 -1922) |
Resumo | Com o advento da República brasileira no final do século XIX, novas formas de organização social foram pensadas para o Brasil sob um viés positivista. Dentro desse contexto, estruturas como a família e as instituições escolares ganhar novas perspectivas. A necessidade de estabelecer uma padronização na educação escolar, fez com que o governo se preocupasse principalmente com o ensino das primeiras letras. Nesse sentido, o ensino secundário ainda era um diferenciador social, reservado muitas vezes para os filhos de famílias abastadas. Um modelo de ensino secundário para as elites até a primeira metade do século XX foram os internados, onde os estudantes eram submetidos a um controle total do tempo. Esse tipo de instituição, localizam-se em sua maioria nas capitais brasileiras e recebiam herdeiros do interior, onde o ensino escolar não era considerado adequado para as elites burguesas em ascensão. Os irmãos Bertaso são um exemplo disso, filhos de um coronel importante da região oeste de SC, os rebentos receberam uma educação de elite nos moldes das capitais brasileiras, como São Paulo - SP e Porto Alegre - RS, estando internos nestes colégios entre os anos de 1917 - 1922. Por estarem internos nas capitais, enquanto seus pais moravam no interior, a forma de comunicação era através de cartas. As correspondências, além de serem o modo da manutenção dos laços afetivos dos internos com as famílias, ainda serviam como práticas de escrita dentro das instituições. É nas cartas dos estudantes, escritas durante o internato, que podemos ter acesso a sua vivência escolar e a percepção que tinham da educação recebida. As nuances entre o que era institucional e o que era pessoal nas cartas se misturam, mas é possível investigar as fugas dos regramentos. Afinal, além de herdeiros recebendo uma educação elitizada, os autores das cartas eram jovens longe de suas famílias, convivendo em um conjunto de normas impostas a fim de normatizar seus comportamentos. |
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