Dados do autor
Sua instituiçãoUniversidade Federal Fluminense UFF
País de origem do autorBrasil
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
Sua titulaçãoPós-Doutorado
Proposta de Paper
Área Temática01. Antropology
Grupo TemáticoUn petit bout du chaos. Les anecdotes de terrain comme expériences de subversion
TítuloO porco do mato, o trovão, a ayahuasca: algumas anedotas amazônicas
Resumo

“A estória não quer ser história”, disse Guimarães Rosa. “A estória, em vigor, deve ser contra a História. A estória, às vezes, quer-se um pouco parecida à anedota (…) Uma anedota é como um fósforo: riscado, deflagrada, foi-se a serventia. Mas sirva talvez ainda a outro emprego a já usada, qual mão de indução ou por exemplo instrumento de análise, nos tratos da poesia e da transcendência”.

Minha intervenção pretende explorar a rotação de perspectiva por vezes imposta à experiência etnográfica por episódios de campo que abalam nossos princípios cosmológicos e subjetivos aparentemente básicos. Partindo de uma anedota insurgida entre os Nambiquara e narrada por Lévi-Strauss, passando por minha própria experiência junto aos Yudja durante seu processo de reconstituição das práticas xamânicas, pretendo examinar a insurgência de “estórias contra a História” entre os Piro tal como reconstruídas com maestria por Peter Gow.

Minha ideia provisória é que seria possível articular encontro etnográfico, anedota e engajamento cosmopolítico.

Palavras-chave
Palavras-chave
  • Amazônia Indígena
  • Povo Yudja
  • Xamanismo
  • Anedotas antropológica
  • Perspectivismo