Dados do autor
Sua instituiçãoUniversidade Federal de Uberlândia UFU
País de origem do autorBrasil
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
E-mailEmail escondido; Javascript é necessário.
Nome completoAna Cristina M. Spannenberg
Sua titulaçãoPós-Doutorado
TitulaçãoDoutor
País de origem do co-autorBrasil
InstituiçãoUniversidade Federal de Uberlândia UFU
Proposta de Paper
Área Temática16. Historia
Grupo TemáticoMedios de Comunicación y Historicidades
TítuloImprensas do sertão e do brejo: jornais e urbanidades em interiores de Minas Gerais do século XIX
Resumo

O trabalho se dedica ao debate da historicidade dos processos comunicacionais voltados para a relação entre dinâmicas de urbanização e constituição da imprensa, particularmente em um estudo de circuitos jornalísticos na província de Minas Gerais no século XIX. Busca-se problematizar uma perspectiva histórica hegemônica focada no eixo central da província, que tende a realizar análises homogeneizantes e lineares de uma dita mineiridade e de uma suposta imprensa mineira. Nesse sentido, o trabalho se dedica a buscar dimensões outras que se configuram em regiões do interior de MG, cuja relação entre urbanização e imprensa tenderia a ser vista apenas pela ideia do atraso. Tais contextos abrem para a compreensão de aspectos políticos, econômicos, culturais e religiosos da vida em Minas Gerais de maneiras diversas e complexas. Além disso, esses casos permitem tensionar a discussão sobre a urbanização pautada por noções como a de modernização e de desenvolvimento, que são também cruciais para a maneira como a história da imprensa costuma ser compreendida.
A partir da percepção de um processo de multiplicação de jornais pelos interiores do estado na segunda metade do século XIX, chama-se atenção para a emergência de dois importantes circuitos jornalísticos na província: o Triângulo Mineiro e a Zona da Mata, com uma profícua produção nas cidades de Uberaba e Juiz de Fora. No escopo do trabalho, esses dois contextos – marcados, respectivamente, pelas noções frequentemente pejorativas (mas, também, estratégicas) do sertão e do brejo – são destacados como territorialidades significantes para destrinchar os múltiplos regimes de historicidade em MG dos oitocentos. Pretende-se colocar em perspectiva, a partir da reunião de estudos e da leitura dos jornais disponíveis nos acervos levantados para o trabalho, a maneira como esses circuitos comunicacionais entendiam suas questões locais específicas, e como (ou mesmo se) se percebiam em relação à província, ao país e além dele.

Palavras-chave
Palavras-chave
  • imprensa
  • Minas Gerais
  • urbanização
  • historicidade
  • século XIX