Dados do autor | |
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Sua instituição | Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional do Rio de Janeiro (UFRJ) PPGAS-MN/UFRJ |
País de origem do autor | Brasil |
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores] | |
Sua titulação | Pós-Doutorado |
Proposta de Paper | |
Área Temática | 01. Antropologia |
Grupo Temático | Conexiones amerindias. Cosmologías, socialidad y ontologías desde perspectivas cruzadas |
Título | O MILHO CRIOULO E O NOVO CORONAVÍRUS: Vegetalizações discursivas, da Serra Mazateca de Oaxaca (México) aos caminhos do Peabiru, em tempos de pandemia |
Resumo | Partindo da Serra Mazateca de Oaxaca, onde grãos de milho crioulo são utilizados de maneira boleomântica, e descendo pelo continente, onde, paralelamente seu potencial oracular se manifesta de outros modos (como entre os povos Guaranis), estes grãos manifestam uma ontologia vegetal, agentiva e discursiva, que têm feito (há tempos) prenúncios entre mundos (humanos e não-humanos) sobre um “novo-mundo” que estaria por vir, repleto de doenças, catástrofes e distopias. Estando ameaçado por políticas desenvolvimentistas, pelo agronegócio com sua práxis e linguagem transgênicas e de monocultivo, seu potencial oracular se perde, e sua voz silencia. A linguagem invisível e asfixiante do novo coronavírus, igualmente derivada de uma cosmopolítica ligada ao agronegócio (que propiciou aos morcegos possibilidades somáticas peculiares para que eles se tornassem hospedeiros resistentes e vetores de transmissão viral entre humanos), apresenta muitos paralelos com a linguagem esterilizante da transgenia. A presente comunicação se propõe a traçar estes paralelos analíticos a partir registros etnográficos com foco na utilização ritual do milho crioulo (Zea mays), esta sorte de bricolagem genética entre três espécies de gramíneas selvagens ancestrais arranjada por mãos humanas desde o Neolítico, e a partir de registros que informam sobre os impactos do novo coronavírus, conectando três casos etnográficos desde a Serra Mazateca de Oaxaca até as terras baixas da América do Sul. |
Palavras-chave | |
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