Dados do autor | |
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Sua instituição | Universidade Federal de Mato Grosso UFMT |
País de origem do autor | Brasil |
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores] | |
Sua titulação | Mestrando |
Proposta de Paper | |
Área Temática | 11. Estudos de Fronteiras |
Grupo Temático | La esclavitud indígena en la historia de las fronteras americanas: contextos, modalidades y proceso de invisibilización, (Siglo XVI-XIX). |
Título | Escravos do demônio ou agentes territoriais: geopolítica e apresamento de indígenas às voltas da Missão de Chiquitos entre o final do XVII e as primeiras décadas do XVIII |
Resumo | A história da Missão de Chiquitos é, em muitos pontos, uma história de fronteiras, coloniais e indígenas, assim como é uma história de conexões humanas, geopolíticas e de trânsitos diversos. Nessa territorialidade, correspondente ao atual Oriente Boliviano, interesses diversos se confrontaram entre fins do século XVII e meados do XVIII, quando da criação e consolidação da Missão de Chiquitos, vinculada à Província jesuítica do Paraguai, em meio a um espaço de conquista onde se articulavam missionários, variados povos nativos, moradores de Santa Cruz de la Sierra, mamelucos e até tendências provindas de Assunção. Numa crônica escrita pelo jesuíta Juan Patricio Fernández, de 1726, denominada "Relacion historial de las misiones de indios chiquitos", é possível identificar uma ampla série de casos que atestam tal conjuntura. Um dos conjuntos de episódios ligados à fundação das reduções diz respeito à constante busca dos padres em fazer conexão com as missões dos Guaranis através do rio Paraguai, e durante mais de duas décadas investiram recursos, tempo, estratégias e vidas para a abertura desse caminho. Entretanto, em 1717, após consulta à Audiência de la Plata, gestada por uma solicitação do Cabildo de Santa Cruz de la Sierra, uma determinação régia impôs a proibição do uso da rota aberta sobre o rio Paraguai. Segundo dados da historiografia, o motivo para tal girava em torno do interesse de crucenhos e assuncenhos em manterem o apresamento de indígenas na região, que seria debilitado caso os inacianos levassem à frente seus planos. Desse modo, intercalando o tema da escravidão indígena com o a noção de fronteiras sobrepostas e interinfluenciáveis, busco dar respostas às seguintes questões: qual a importância da escravidão e apresamento de índios para crucenhos e assuncenhos? Como tais atividades delimitaram os traços geopolíticos e as fronteiras de então? Por fim, quais os caminhos seguidos pelos sujeitos capturados nas fronteiras do centro continental? |
Palavras-chave | |
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