Resumo | A necropolítica ganhou relevância com a crise dos últimos marcos da Revolução
Francesa no mundo Ocidente em particular. A eleição de Bolsonaro no Brasil veio colocar
essa forma política baseada na morte em evidência, pois sua agenda estabelece a
necropolítica como elemento interno de controle dos indivíduos e para destruição do
estado nacional brasileiro. Entre as ações do atual presidente do Brasil estão os cortes na
previdência e a política de aumento do tempo de contribuição dos trabalhadores para
além da idade de 60 anos, o que joga essas pessoas em idade avançada para conquistar
vagas no mercado de trabalho com ausência de oferta até mesmo para os trabalhadores
mais jovens; isso é necropolitica; As falas do presidente que incitaram o “dia do fogo” e
carbonizaram partes consideráveis do Bioma amazônico, são necropolítica, justificação da
barbárie em um Brasil em Chamas; o choque com os indigenas em regiões da amazônia,
no mato-grosso e em outras partes do país é a tentativa bem sucedida de implementar o
maior plano de dizimação de populações autoctones e originários no país.
Aliás o Brasil já era um exemplo de necropolítica avant la lettre é o caso por
exemplo da nota de Zero cruzeiro de 1974-1978, feita por Cildo Meireles a partir de
dossier escrito por seu pai sobre o massacre dos Índios Kraôs no norte do estado de
Goiás, atual Tocantins, que valeu perseguição política para toda sua família. Essa política
de morte se manifesta no brasil com os povos originários há muito tempo e os casos são
incontáveis, mas um chama muito atenção, que é aquilo que pretende ser o ataque final
sobre os povos da amazônia em função da modernização autoritária da região. Essa nova
pressão sobre os povos da amazônia faz lembrar quanto foram provisórias as conquistas
da democratização no país e basta pensar no caso dos Yanomami e nas fotos de Claudia Andujar.
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