Dados do autor | |
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Sua instituição | Escola de Ciência da Informação ECI/UFMG |
País de origem do autor | Brasil |
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores] | |
Sua titulação | Doutor |
Proposta de Paper | |
Área Temática | 16. História |
Grupo Temático | História dos Livros e dos Textos |
Título | Bibliotecas públicas no Brasil do século XIX: espaços de emancipação ou dispositivos de colonização do ser/saber? |
Resumo | É bem conhecida a tese segundo a qual as bibliotecas públicas surgiram na Inglaterra pós-Revolução Industrial com a missão de acolher uma parcela da população posta à margem de outros equipamentos culturais. Já àquela época esperava-se que elas contribuíssem para a manutenção da “ordem social” e que dessem continuidade ao “trabalho civilizatório” iniciado pela escola primária. Do lado de cá do Atlântico, a primeira instituição do gênero foi fundada em Salvador, no ano de 1811, graças a um movimento associativo da elite baiana que pretendia convertê-la em espaço de sociabilidade e de circulação de ideias marcadamente iluministas. Modelo que foi posteriormente difundido e implementado em diversas outras regiões do país. Embora amparadas em ideais emancipatórios, o que esse texto objetiva assinalar é que as bibliotecas públicas no Brasil do século XIX desenvolveram-se como dispositivos amplamente vinculados a distintos projetos de reprodução da colonialidade do ser e do saber, posto serem organizadas em torno de categorias ideológicas, hegemônicas e homogêneas. Para tanto, recorre-se às proposições de Anibal Quijano e Walter Mignolo acerca das estruturas da colonialidade com vistas a problematizar o modus operandi de bibliotecas públicas localizadas em 3 (três) regiões do país: Bahia, São Paulo e Minas Gerais. Como ponto de tensionamento elege-se as seguintes categorias: agentes mobilizadores, coleções, espaços físicos e práticas informacionais / de leitura ensejadas. Como resultado, argumenta-se que, nos contextos acima definidos, antes de serem espaços democráticos e de emancipação, as bibliotecas públicas estudadas configuram-se como instâncias de manutenção da ordem colonial vigente. |
Palavras-chave | |
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