Dados do autor
Sua instituiçãoUniversidade de São Paulo USP
País de origem do autorBrasil
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
E-mailEmail escondido; Javascript é necessário.
Nome completoThiago Kater
Sua titulaçãoDoutorando
TitulaçãoDoutorando
País de origem do co-autorBrasil
InstituiçãoUniversidade de São Paulo USP
Proposta de Paper
Área Temática19. Movimientos Sociales
Grupo TemáticoMovimientos sociales, naturaleza e historias de resistencia: voces de encuentros y desencuentros en las fronteras vivas de América.
TítuloAntes da Resistência: apagamento e retomada da História social profunda da Amazônia
Resumo

Ao atravessarem os rios amazônicos, os primeiros cronistas europeus do século XVI descreveram aldeias colossais e densamente habitadas por uma grande diversidade de povos indígenas. Suas descrições, que contavam com elementos fantasiosos, foram tomadas como invenções alucinadas pelos cientistas que investigaram a região nos séculos seguintes. Para estes, a Amazônia seria o exemplo mais preservado de uma natureza intocada pelo ser humano, seus povos pertencendo ao período da “infância” da humanidade. É só a partir dos anos 80 que pesquisas de ecólogos e arqueólogos junto aos povos indígenas mostrariam não só que as primeiras notícias sobre grandes populações indígenas na Amazônia antes da Conquista eram verdadeiras, mas que essas populações ao longo de milhares de anos de história tiveram um papel preponderante na formação da floresta como a conhecemos hoje, efetivamente uma floresta antropogênica. O presente trabalho busca traçar um histórico desses processos de apagamento e retomada da história profunda dos povos amazônicos e da associação entre estes e a produção da floresta amazônica, assim como busca avaliar como essa compreensão vem sendo utilizada pelos Povos da Floresta em suas lutas pelo direito ao território. Essa história profunda, construída pela aliança entre cientistas, indígenas e cientistas indígenas, revela o profundo antagonismo entre a maneira indígena de construir paisagens e a forma capitalista de destruí-las, reforçando a importância dos Povos da Floresta não só na produção, proteção e regeneração dos biomas, mas na composição de alternativas sistêmicas para a superação das crises sociais, econômicas e ambientais que tempesteiam o século XXI.

Palavras-chave
Palavras-chave
  • Arqueologia Amazônica
  • Colonialismo
  • História Indígena