Dados do autor | |
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Sua instituição | Universidade Federal de Mato Grosso UFMT |
País de origem do autor | Brasil |
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores] | |
Sua titulação | Pós-Doutorado |
Proposta de Paper | |
Área Temática | 16. Historia |
Grupo Temático | El poder en el espacio local latinoamericano. Actores, estrategias, prácticas y representaciones, 1820-1980 |
Título | A dívida das expedições científicas com a população dos locais visitados e com seus saberes |
Resumo | Durante o século XIX, expedições científicas de diferentes procedências percorreram amplos territórios na América do Sul. No Brasil, dezenas de empresas de caráter naturalista adentraram nos mais recônditos lugares, seja por estreitos caminhos de terra, seja por via fluvial, conseguindo produzir minuciosos estudos sobre flora, fauna, mineração, população e paisagens. De volta a seus lugares de origem, esses viajantes publicaram os resultados de suas andanças em belos livros especializados, dando a conhecer ao mundo o êxito dessas empreitadas, os ecossistemas e os grupos humanos das regiões visitadas; entretanto, quase sempre, o mérito dos trabalhos realizados recaiu exclusivamente sobre os estrangeiros, ficando esquecida a ajuda que lhes foi dada por mestiços, indígenas e negros - livres, libertos e escravos. De fato, naquela época nenhuma caravana científica conseguiria realizar qualquer viagem ao interior do Brasil sem a ajuda do saber local. Eram os guias, os práticos, os tropeiros, os pilotos, os remadores que possibilitavam esse feito. Nesta apresentação, tendo como base a análise de três expedições naturalistas que percorreram o Império Brasileiro na primeira metade daquele século, busco dimensionar como o conhecimento empírico dos anônimos trabalhadores estruturou e deu a sustentação necessária para que os cientistas estrangeiros pudessem conhecer e registrar os espaços interiores. |
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