Avaliação: LA DIASPORA ITALIANA EN AMÉRICA LATINA. ARQUITECTOS, INGENIEROS Y ARTISTAS ENTRE LOS SIGLOS XIX Y XX – O BRASIL MODERNO DE LINA BO BARDI (1946-1964)

Desembarcando no Brasil em 1946 com seu esposo (o crítico e marchand Pietro Maria Bardi), uma notável coleção de arte europeia e diversos projetos e ideias advindos da sua formação e atuação como arquiteta pela Universidade de Roma, Achillina Bo Bardi notabilizou-se na América por sua atuação multifacetada – em arquitetura, design, museologia, entre outras áreas – que a tornou um expoente da modernização brasileira em meados do século XX.

Co-Fundadora do MASP (Museu de Arte de São Paulo), junto a Pietro Bardi e ao mecenas Assis Chateaubriand, em 1947; organizadora da Revista Habitat (1950-1965) e do IAC (Instituto de Arte Contemporânea do MASP, a primeira escola de desenho industrial do Brasil, em 1951); sócia do Studio Palma, onde projetava móveis; restauradora do complexo do Solar do Unhão, na Bahia, onde fundou o MAM-BA (Museu de Arte Moderna da Bahia), incorporando ali um museu de arte popular, Lina pretendia, mais do que popularizar as artes, vinculá-las ao conjunto da vida.

Suas concepções, entretanto, não eram de todo singulares, mas estavam em sintonia com projetos de um Brasil moderno que se desenhava num momento de intensa industrialização, urbanização e relativa estabilidade política. Por outro lado, sua particularidade reside justamente nas conexões que estabeleceu entre tais projetos, o aporte trazido de sua formação e atuação na Itália em um momento em que aquele país também passou por intensos debates estéticos e políticos no entreguerras, e novos entendimentos do papel da arte advindas dos EUA através dos novos museus de arte moderna.

Neste trabalho, serão apresentados tais fundamentos do pensamento e produção de Lina Bo Bardi, e seus diálogos com um dos momentos históricos de maior efervescência cultural e política do Brasil.

• Modernidade
• Nacional-Desenvolvimentismo
• Política cultural