Dados do autor | |
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Sua instituição | Universidade de São Paulo USP |
País de origem do autor | Brasil |
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores] | |
Email escondido; Javascript é necessário. | |
Nome completo | Maria da Glória Calado |
Sua titulação | Doutorando |
Titulação | Pós-Doutorado |
País de origem do co-autor | Brasil |
Instituição | Universidade de São Paulo USP |
Proposta de Paper | |
Área Temática | 15. Filosofia e Pensamento |
Grupo Temático | Towards a Southern Afro-Brazilian and Afro-Latin American Epistemology: a necessary debate on Critical Theory |
Título | Entraves e desafios para uma educação antirracista: estudo de caso em uma escola pública e periférica na Zona Sul de São Paulo (SP) |
Resumo | O presente trabalho reflete as dificuldades do enfrentamento do racismo no contexto educativo de uma escola pública periférica na Zona Sul de São Paulo (SP). Parte-se do princípio de que a alteração da maior legislação educacional, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB - 9394/96) pela Lei 10639/03 torna a escola lócus primordial para o enfrentamento e a superação do racismo, tendo diretores, professores e coordenadores como agentes fundamentais da implementação dessa legislação (BRASIL, 1996; BRASIL, 2003). Para desenvolver as reflexões deste artigo, valemo-nos de conceitos de autores que têm contribuído para se pensar sobre a superação do racismo na escola (MUNANGA, 2005), sobre um ensino voltado para a transgressão a fim de concretizar uma educação emancipatória (hooks, 2013), a formação de professores em chaves antirracistas (GOMES, 2012), o reconhecimento do privilégio da branquitude(BENTO, 2012) e, por fim, sobre as relações dialéticas entre oprimidos e opressões e a necessidade de superação dessa realidade para a concretização de uma pedagogia da autonomia (FREIRE, 2020). Para a realização das estratégias metodológicas, recorremos ao diário de campo com os relatos das atividades desenvolvidas com professores e coordenadores e, por fim, à análise de conteúdo para analisar entraves da ideologia racista no ambiente escolar. Nesse contexto, observamos que, embora a Lei 106390/03, fruto da luta de movimentos negros educadores, tenha aproximadamente 20 anos de sua criação, sua efetividade no cotidiano da escola ainda é muito distante, o que perpetua o racismo por meio de maneiras complexas e sofisticadas, ligadas à propagação do mito da democracia racial, à prática do silenciamento do racismo e até por meio de desacordos e conflitos entre grupo docente e equipe gestora. Desse modo, analisamos que a superação do racismo exige mecanismos de aperfeiçoamento de políticas públicas, com formações obrigatórias para professores e educadores de todas as etapas da educação básica. |
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