Dados do autor
Sua instituiçãoUniversidade Federal de São Carlos UFSCar
País de origem do autorBrasil
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
E-mailEmail escondido; Javascript é necessário.
Nome completoVanessa Layter
Sua titulaçãoMestrando
TitulaçãoGraduando
País de origem do co-autorBrasil
InstituiçãoUniversidade Estadual do oeste do Paraná UNIOESTE
Nome completoGabrieli Ribas de Moraes
TitulaçãoMestre
InstituiçãoFaculdade Uniguaçu UNIGUAÇU
País de origem do co-autorBrasil
Proposta de Paper
Área Temática11. Estudos de Fronteiras
Grupo TemáticoRepensar la frontera: dinámicas transfronterizas, ilegalismos y criminalidad.
TítuloEntre a Aduana e a Ponte
Resumo

O presente papper é fruto de trabalho de campo etnográfico, uma entrevista e reflexões teóricas a partir de uma dinâmica relacional, exposta incessantemente por Georg Simmel, em "A Ponte e a Porta" (1996), e dialoga com Lindomar Albuquerque (2014). O trabalho de campo e a entrevista foram realizados em 2022, com vista a compreender as dinâmicas das atividades dos sujeitos que compram mercadorias no Paraguai, especificamente, Ciudad del Este e Salto del Guaira, com vista a revenda no interior do território brasileiro. No referido texto de Simmel (1996), a ponte indica a relação de encontro, entre separados, e a porta, a separação do que já esteve unido. Ora, a presença das pontes que ligam Ciudad del Este (PY)/Foz do Iguaçu (BR) e Salto del Guaira (PY)/Mundo Novo (BR), possibilitam estabelecer laços entre diferentes, que contudo, são atravessados por uma porta, através das aduanas da Receita Federal, que separam sujeitos e suas mercadorias, do que os une enquanto laços sociais que se fazem e desfazem cotidianamente. As metáforas da ponte e a porta podem ser exploradas, ainda em pelo menos mais um sentido. A partir do registro etnográfico e da entrevista, observamos que o fechamento de "uma" porta para um sujeito, ou um grupo de sujeitos, abrem se pontes para outros. Durante o campo, com compradores de celulares, passamos pela Aduana da Receita Federal de Foz do Iguaçu com aparelhos acima da cota, no momento da apreensão de caixas de cigarro, que estavam sendo retiradas do porta malas de um carro, assim objetivamente se abriu a ponte a nossa frente. Outra, durante a entrevista, nosso interlocutor indicou que durante a pandemia, momento em que os meios "legais" de passagem entre Brasil e Paraguai estavam fechados, neste caso entre Salto del Guaira e Mundo Novo, se abriam outras pontes, por vias marginais, o que segundo ele possibilitou a maior lucratividade, em sua atividade mercantil de compra e revenda de produtos oriundos do Paraguai, desde meados de 1990.

Palavras-chave
Palavras-chave
  • Fronteira
  • Ponte
  • Porta