Dados do autor
Sua instituiçãoPontifícia Universidade Católica de São Paulo PUC-SP
País de origem do autorBrasil
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
E-mailEmail escondido; Javascript é necessário.
Nome completoJuliana Jacyntho Lima Ferreira Caldeira Meira
Sua titulaçãoPós-Doutorado
TitulaçãoMestrando
País de origem do co-autorBrasil
InstituiçãoPontifícia Universidade Católica de São Paulo PUC-SP
Nome completoDenise Menezes Homsi
E-mailEmail escondido; Javascript é necessário.
TitulaçãoMestrando
InstituiçãoPontifícia Universidade Católica de São Paulo PUC-SP
País de origem do co-autorBrasil
Proposta de Paper
Área Temática15. Filosofia e Pensamento
Grupo TemáticoCultura, ideas e intelectuales de nuestra América - Cultura, ideias e intelectuais de nossa América
TítuloNotas sobre a iconofagia: por uma antropologia ecológica das imagens
Resumo

A presente comunicação objetiva apresentar o conceito de iconofagia, formulado por Norval Baitello Júnior (2014), suas implicações para o campo de estudo das imagens midiáticas e suas reverberações na produção recente do autor, com ênfase nas obras A carta, o abismo, o beijo (2018), Existências penduradas (2019) e A fotografia e o verme (2021). Em diálogo com as matrizes antropofágicas da cultura brasileira, notadamente as formas de apropriação (simbólicas e não-simbólicas) entre diferentes culturas, centrais no modernismo brasileiro, Baitello Jr. desdobra o conceito cunhado em 1928 por Oswald de Andrade para pensar criticamente, a partir da cultura, a avalanche midiática de imagens. Neste movimento, o autor afasta-se tanto do determinismo tecnológico quanto da crítica ideológica da representação, perspectivas que monopolizavam o debate em torno das imagens no campo das ciências humanas e sociais a partir da segunda metade do século XX.
Em um ambiente marcado pela busca por visibilidade a qualquer custo e pela proliferação indiscriminada e compulsiva de imagens, a perspectiva antropológica e ecológica que fundamenta a teoria iconofágica de Baitello Jr. – a devoração da imagem pela imagem (iconofagia pura) e, sobretudo, a devoração do homem pelas imagens (iconofagia impura) – viabiliza um olhar crítico sobre as relações entre imagens e corpos verificadas no mundo contemporâneo, e sobre quais tipos de vínculos se apresentam como possíveis num cenário de perdas - da propriocepção e do aqui-agora do tempo presente. Nesse cenário, Norval Baitello Junior lida não somente com a questão da apropriação, típica da antropofagia e que inspirou a concepção de Vilém Flusser da intersubjetividade como método de busca pela alteridade no “estar no mundo”, mas também com a questão da expropriação do homem, cujo corpo tem seu Outro nas imagens midiáticas.

Palavras-chave
Palavras-chave
  • iconofagia
  • Teoria da Imagem
  • Semiótica da Cultura
  • Ecologia da Mídia