Dados do autor | |
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Sua instituição | Universidade Federal de Goiás UFG |
País de origem do autor | Brasil |
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores] | |
Sua titulação | Pós-Doutorado |
Proposta de Paper | |
Área Temática | 03. Arte e Patrimônio Cultural |
Grupo Temático | Memoria colectiva y Archivos: estrategias para abordar el patrimonio cultural. |
Título | Cicatrizes do colonialismo português: patrimônios difíceis, arquivos e a memória da escravização. |
Resumo | Ensina Mbembe: "da obstinação colonial em dividir, classificar, hierarquizar e diferenciar, sobrou ainda algo: cortes e lesões. Pior ainda, a clivagem criada ainda permanece" (2018: 22). Disso, questiono: o patrimônio pode ajudar a emergir o escravagismo como causa atávica de problemas sociais e auxiliar a emancipar esses grupos e comunidades? Alguns países reunidos sob a égide "Comunidade dos Países de Língua Portuguesa" (CPLP), podem ser o início para uma investigação que aponte hipóteses ao questionamento feito no resumo desse texto. Na intenção de viabilizar a resposta ao problema, escolho o seguinte recorte para intentar uma hipótese a esse problema: analisar se os bens indicados como patrimônios mundiais pela UNESCO nesses lugares têm como constructo histórico a escravização de pessoas advinda da colonização de Portugal. Por conseguinte, quais são esses patrimônios culturais Mundiais? Quais são os respectivos arquivos a se cotejar? Tendo como balizador o projeto "Rota do Escravo: Resistência, Herança e Liberdade", tem a UNESCO atuado em favor dos herdeiros das violências coloniais? Pensemos, como ilustração: o Cais do Valongo, no Rio de Janeiro, e a Rua dos Mercadores, em Luanda. Os laços que unem esses lugares de e para a memória estão mergulhados no odioso tráfico de pessoas escravizadas. A Rota de Angola foi responsável por quase metade dos escravos que foram levados às Américas. Já no século XVI, o Brasil recebia escravizados da África Atlântica. Também a Rota de Moçambique contribuiu para a prática do crime do tráfico que forneceu mão de obra ao Brasil. Segundo Manolo Florentino, "nenhuma outra região americana esteve tão ligada à África por meio do tráfico como o Brasil" (2014: 09). |
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