Dados do autor | |
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Sua instituição | Universidade Federal da Paraíba UFPB |
País de origem do autor | Brasil |
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores] | |
Sua titulação | Mestre |
Proposta de Paper | |
Área Temática | 01. Antropología |
Grupo Temático | Antropología de la técnica: Materiales, máquinas y organismos |
Título | “Queremos canoa y pescar en río”: uma etnografia sobre um grupo Warao especialista em construir canoas monóxilas e o seu contato com o rio Sanhauá, Paraíba. |
Resumo | O objetivo principal desse trabalho etnográfico é o de descrever através de narrativas de alguns indígenas Warao como são construídas canoas monóxilas, chamadas de Curiara. Esse grupo Warao pesquisado, procedente da Venezuela vive num abrigo institucional no centro da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba. A canoa monóxila é esculpida em um único tronco de árvore. É uma embarcação muito utilizada pelos Warao para a navegação em caños e rios do Delta do rio Orinoco. Seu design apresenta características próprias e o principal objetivo foi o de desenvolver uma embarcação simples, funcional, aperfeiçoada com pouca manutenção e, assim, garantir a atividade pesqueira tradicional com segurança e pouco gasto energético. Esta população indígena durante muito tempo usa as curiaras, apesar da chegada das embarcações a motor de bordo na região. Segundo um interlocutor, a Curiara pode ser construída com um tronco pequeno (para criança); média chegando a cinco metros, e de grande porte com aproximadamente 10 metros de comprimento. Ela carrega toda uma tradição desse grupo étnico e também uma relação mística por aqueles que conhecem profundamente suas qualidades e segredos, que se revelam com o tempo; durantes suas atividades cotidianas, isto é, durante as pescarias de subsistência. A memória também é considerada um fio condutor dessas narrativas produzidas por esses indígenas ao entrarem em contato com o trapiche do rio Sanhauá, situado no Porto do Capim, região central da capital paraibana. Ao tocar as águas do rio Sanhauá os Warao relembraram os tempos em que viviam nos caños e rios do Delta do Orinoco. Esse grupo Warao vivia numa comunidade chamada Mariusa, pertencente ao município de Tucupita, capital do estado Delta Amacuro, localizado na região nordeste da Venezuela. |
Palavras-chave | |
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