Dados do autor | |
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Sua instituição | Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ |
País de origem do autor | Brasil |
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores] | |
Sua titulação | Mestrando |
Proposta de Paper | |
Área Temática | 11. Estudos de Fronteiras |
Grupo Temático | NATURALEZA DE LAS FRONTERAS Y FRONTERAS DE LA NATURALEZA |
Título | Área protegida transfronteiriça e geopolítica: o caso dos Ashaninka na fronteira entre Brasil e Peru. |
Resumo | Áreas protegidas transfronteiriças são porções do espaço dedicadas à proteção e manutenção da diversidade biológica e de seus recursos naturais e culturais que cruzam o limite internacional entre dois ou mais países. Geralmente, são instituídas seguindo o argumento de que o limite internacional representaria uma disruptura na política de conservação porque geram marcos regulatórios diferentes convergindo sobre uma única floresta compartilhada entre os países, contígua espacialmente. Trata-se de uma tentativa de atenuar possíveis efeitos negativos causados pela fronteira. Porém, o argumento aparenta ignorar que a fronteira é, sobretudo, um instrumento de organização e diferenciação capaz de produzir realidades geográficas muito distintas, mesmo para espaços justapostos. É o que parece acontecer na região do Alto Juruá, na qual se localizam o Parque Nacional da Serra do Divisor, no Brasil, e o Parque Nacional Sierra del Divisor, no Peru. Ainda que os parques nacionais não formem oficialmente uma área protegida transfronteiriça, uma vez que não houve ainda um arranjo jurídico para isso, a região é composta por um mosaico de unidades de conservação e terras indígenas. Soma-se a isso a existência de etnias indígenas que habitam ambos os lados da fronteira, como os Ashaninka. Porém, ainda que compartilhem laços culturais, a existência da fronteira promoveu a criação de estratégias próprias para os indígenas de cada lado lidarem com agentes políticos nacionais, empresas extrativistas e movimentos ambientalistas internacionais, resultando em uma relação muito diferente com a conservação da natureza de cada lado da fronteira. Pode-se argumentar, inclusive, a promoção de projetos geopolíticos distintos por cada um dos grupos. Diante dessa problemática, a intenção deste trabalho é investigar os efeitos da existência da fronteira para a diferenciação das ações conservacionistas e das estratégias entre ashaninkas peruanos e brasileiros. |
Palavras-chave | |
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