Dados do autor
Sua instituiçãoUniversidade Federal Fluminense UFF
País de origem do autorBrasil
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
Sua titulaçãoDoutor
Proposta de Paper
Área Temática12. Estudos Econômicos
Grupo TemáticoAs representações do urbano no mundo moderno, alienação e reprodução social
TítuloProdução do espaço da metrópole Rio de Janeiro diante da economia do petróleo: notas a respeito do Comperj e do Arco Metropolitano
Resumo

Este ensaio apresenta algumas reflexões a respeito da produção do espaço na periferia metropolitana do Rio de Janeiro no contexto de projetos atrelados à economia do petróleo. Considera-se a necessidade de desvelar o caráter crítico por trás de projetos de desenvolvimento que se realizam a partir e através da produção do espaço, inclusive como formas de desdobramento das contradições exacerbadas do capitalismo atual. Assim, o objetivo consiste em partir de uma aproximação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ) e do Arco Metropolitano como expressões materiais que, vinculadas a um plano mais imediato à economia do petróleo, perfazem momentos de uma expressiva mobilização do espaço metropolitano no cerne da reprodução social crítica contemporânea. Esse processo de ampla alavancagem do espaço enquanto mercadoria e de expansão geográfica interna na reprodução da metrópole, ou seja, da intensificação do capitalismo a partir de bases territoriais já constituídas, se realiza hoje perante a projeção de um ideal de desenvolvimento que traz em si a realização de suas prerrogativas críticas.
Desse modo, o atravessamento do econômico na reprodução da metrópole se aprofunda. Em Itaboraí, o anúncio da implantação do COMPERJ deve ser entendido associado necessariamente à expansão de assentamentos populares precários e à eclosão de negócios imobiliários até então pouco presentes na dinâmica local. No entanto, diante das condições econômicas deterioradas, vários empreendimentos imobiliários encontram-se ociosos ou sem a ocupação prevista. Em relação ao Arco Metropolitano, apresentado como forma de consolidar o polo Petroquímico criando uma ligação direta com o Porto de Itaguaí, deve ser compreendido não apenas como aumento da mobilidade no espaço, mas de uma mobilização do espaço metropolitano potencial em novas escalas. Eis a reprodução espacial de que Lefebvre chama atenção: “O investimento e a especulação não podem parar, mesmo abrandar: círculo, ciclo infernal”.

Palavras-chave
Palavras-chave
  • Produção do espaço
  • Reprodução crítica
  • Urbanização crítica
  • Desenvolvimento
  • Rio de Janeiro