Avaliação: Ciudades, desigualdades urbanas y hábitat popular en América Latina. – O ESPAÇO URBANO E O DIREITO À CIDADE: UMA ANÁLISE DO BAIRRO JOSÉ RODRIGUES DA SILVA EM SANTA HELENA DE GOIÁS.

Este resumo busca apontar a relação entre a produção do espaço urbano e o lugar enquanto escala de reprodução da vida cotidiana, utilizando como objeto de análise o bairro José Rodrigues da Silva, em Santa Helena de Goiás, Goiás, Brasil. Tal bairro, oriundo de políticas habitacionais federais, estaduais e municipais, culminou com a implementação de moradia própria para 441 famílias, e é visto como um importante momento de concessão ao direito cidadão da moradia, garantido pela Constituição Federal de 1988.
A produção do espaço urbano é uma importante temática de estudos da Geografia, pois a cidade reúne uma gama de agentes que produzem e reproduzem o espaço para diversos usos, sendo um lugar atravessado por conflitos e antagonismos. A análise de tais dinâmicas traz à tona a compreensão da atuação desses atores e os efeitos socioespaciais existentes no bairro. A metodologia utilizada neste trabalho é pautada em estudo de caso, amparado em revisão bibliográfica com abordagem qualitativa, de natureza básica, que seja capaz de apresentar um sólido embasamento teórico capaz de atingir o objetivo proposto, além de se utilizar a escala intra-urbana para análise do efeito da implementação do bairro nesta cidade.
Neste contexto de formação do espaço urbano, o presente trabalho visa explanar sobre a criação do bairro José Rodrigues da Silva, que é um bairro oriundo de políticas públicas habitacionais e que teve como premissa a redução do déficit habitacional em Santa Helena e a alocação de famílias de baixa renda com as casas sendo outorgadas de forma inteiramente gratuita às famílias escolhidas, e assim dando oportunidade a estas famílias de terem acesso à propriedade privada da terra, justamente um dos motivos de tantos conflitos ocorrerem em ambientes urbanos, além da possibilidade de ter a casa própria, que representa a garantia de acesso à cidadania por um grupo social que se vê constantemente inviabilizado pelas políticas públicas.

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