Dados do autor | |
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Sua instituição | Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PUC-SP |
País de origem do autor | Brasil |
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores] | |
Sua titulação | Doutor |
Proposta de Paper | |
Área Temática | 15. Filosofia e Pensamento |
Grupo Temático | Cultura, ideas e intelectuales de nuestra América - Cultura, ideias e intelectuais de nossa América |
Título | CRIAÇÃO E PRÁTICAS DE REGISTRO EM PAULO FREIRE |
Resumo | O educador Paulo Freire foi considerado por Jesús Martin-Barbero (2014, p. 17) o autor do “primeiro aporte inovador da América Latina à teoria da comunicação”. Sua contribuição se deu por meio de sua pedagogia, a qual tinha como centro a desautomatização do uso da linguagem nos processos de alfabetização, utilizando procedimentos que podemos qualificar como provenientes do campo artístico. Freire publicou livros com registros dos processos de criação de suas práticas educativas e havia, em sua forma de narrar e documentar o próprio trabalho, características de uma “estética do movimento criador” (SALLES, 1998, p. 25), pois ele estava constantemente registrando sua trajetória criativa e muitas vezes se mostrava produzindo, em pleno processo – tal como um artista, quando estudado a partir do “ponto de vista do fazer”. São exemplos os livros: Cartas a Guiné-Bissau (1978), Cartas a Cristina (1994), Professora sim, tia não (1997) e Pedagogia da Indignação (2000). De acordo com Berino (2017) são escassos os estudos sobre a dimensão estética na educação a partir do ponto de vista de Paulo Freire, o que em parte seria responsabilidade do próprio educador, que nem sempre colocou a abordagem sobre a estética de maneira frontal em sua obra: “apesar de afirmar sua relevância ao lado da política, [Freire] fez isso de forma mais esparsa[,] sem uma dedicação teórica tão sistemática” (p. 183). Além disso, segundo o mesmo autor, “uma forte tradição crítica do pensamento educacional[,] que também não reserva à estética um lugar tão central e decisivo nos debates, pouco contribui para recuperar o assunto no interior da obra de Paulo Freire” (p. 183). É evidente, entretanto, que apesar de não ter desenvolvido estudos teóricos profundos sobre o aspecto estético da educação, o modo como abordou, na prática, o diálogo entre linguagens e a experimentação no fazer demonstram os contornos do que a palavra “boniteza” (REDIN, 2018a, p. 110), que volta e meia usava, buscava expressar. |
Palavras-chave | |
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