Dados do autor | |
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Sua instituição | Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ |
País de origem do autor | Brasil |
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores] | |
Sua titulação | Master |
Proposta de Paper | |
Área Temática | 22. Simpósios Innovadores |
Grupo Temático | Narrativas de la memoria en América Latina: identidad, trauma y trasposición |
Título | O Poetry Slam no Brasil: uma prática de reescrita da história e produção de memória |
Resumo | O objetivo deste trabalho é apresentar uma análise sobre o Poetry Slam, ou Slam de Poesia, com ênfase no modo como este gênero artístico-literário se configura no Brasil. O slam é uma competição de poesia performática, uma batalha poética na qual os poetas declamam textos autorais em até três minutos, utilizando apenas voz e corpo, não sendo permitidos objetos cênicos, figurino ou acompanhamento musical. Trata-se de uma prática cultural criada em 1986 em Chicago, nos Estados Unidos, que excedeu os limites geográficos e já está em constante circulação por quase toda a América, além dos outros continentes, tomando novos rumos segundo as especificidades de cada território. O Poetry Slam chegou por aqui em 2008 e tem chamado a atenção de poetas, rappers, MCs e artistas ligados à tradição oral, interessados em inserir-se nesta cena contemporânea. Alguns pesquisadores, como Cynthia Agra de Brito Neves e Roberta Estrela D’Alva, se debruçam sobre essa forma de intervenção literária, política e artístico-cultural, com performances em tempo real, e reconhecem a relevância desses eventos nos quais os slammers priorizam temas como periferia, racismo, machismo, lgbtfobia, fascismo e outras formas de violência real e simbólica. Propõe-se, neste trabalho, uma reflexão sobre como esse gênero híbrido se desenvolve, no Brasil, como uma prática de reescrita da história e produção de memória. Isso porque nossos slammers, oriundos das periferias das metrópoles, criaram esse espaço para produzirem nele e com ele suas próprias narrativas de representação do passado e do presente, transformando-o em elemento fundamental da nova biografia que agora escrevem e oralizam. Tendo sido historicamente silenciados e alterizados, lançam mão das batalhas de poesia para reivindicar a valorização de suas identidades marginais e periféricas, e para representar a si mesmos e seus pares de modo a contradizer a história oficial, dando origem a uma memória mais fiel do ethos desses grupos sociais. |
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