Resumo | O ano de 2020 trouxe um novo cenário para a educação no Brasil, com a pandemia causada pelo vírus COVID-19, seguiu-se a suspensão das aulas presenciais logo no início do ano letivo e a continuidade dos estudos passou a ser por atividades domiciliares.
O Governo [...] editou nesta quarta-feira (1º) uma MP (Medida Provisória) que permite que as escolas e redes de ensino não cumpram o mínimo legal de 200 dias letivos de aulas presenciais por causa do coronavirus. (SALDAÑA, 2020, p.1)
No entanto, uma realidade se apresentou cruel para aqueles alunos das escolas públicas oriundos das classe mais baixas da sociedade, o grande fosso existente entre os alunos de classe média e os de classe baixa. Os primeiros podem até ter limitações de caráter tecnológico, como equipamentos limitados ou uma internet com baixa capacidade, mas no contexto das aulas remotas, conseguem minimamente participar e aproveitar do que está sendo oferecido on-line. Já os alunos de baixa renda, além de não terem tais recursos, não tem computador nem internet, lhes falta local apropriado para estudos em suas casas.
Outra dificuldade do ensino à distância é a exclusão digital. Segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, em 2018, apenas 69,1% dos municípios nordestinos possuíam acesso a internet, ficando abaixo da média nacional que é de 79,1%. Esse número é ainda mais baixo na zona rural, onde menos da metade dos domicílios nordestinos estão conectados. (BARBOSA, 2020, p.1)
Incluam nesse quadro a realidade das comunidades amazônicas e outras áreas remotas brasileira, às quais não estão muitas vezes tão distantes assim dos grandes centros urbanos. Um exemplo clássico é a fala de uma professora que trabalha numa escola rural no município de Nazaré Paulista, SP, cuja sede fica a cerca de 100 km da capital São Paulo, o maior centro urbano e econômico do país, cuja base tecnológica é uma das mais avançadas
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