Dados do autor | |
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Sua instituição | Universidade de São Paulo / Universidad de Sevilla USP / US |
País de origem do autor | Brasil |
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores] | |
Sua titulação | Doutorando |
Proposta de Paper | |
Área Temática | 11. Estudos de Fronteiras |
Grupo Temático | La esclavitud indígena en la historia de las fronteras americanas: contextos, modalidades y proceso de invisibilización, (Siglo XVI-XIX). |
Título | Trabalho indígena, política e rebelião: dos parlamentos de Boroa à proibição da escravidão “a la usanza” (centro-sul do Chile, 1650-1656) |
Resumo | Em meados do século XVII, uma modalidade particular de escravização indígena começou a ser praticada na zona meridional do “Reino de Chile”: a assim chamada “esclavitud” ou “servidumbre a la usanza”. Tratava-se, em suma, da aquisição legal de pessoas indígenas (especialmente mulheres e crianças) por parte de soldados e oficiais do Real Exército para que servissem aos seus compradores durante um período determinado. A grande particularidade dessa nova modalidade laboral consistia no fato de que ela se dirigia quase exclusivamente às comunidades indígenas classificadas como “amigas”, isto é, grupos de índios aliados e/ou colaboradores da sociedade hispano-crioula. Embora algumas das práticas implícitas nesse modo de escravização tenham sido uma realidade corriqueira no cotidiano fronteiriço chileno desde o século anterior, foi somente por volta de 1650 que elas alcançaram a dimensão e a qualidade de um sistema de trabalho propriamente dito. Entre os antecedentes históricos que propiciaram o aparecimento dessa modalidade peculiar de submissão, destaca-se a realização de encontros formais de negociação política (ou “parlamentos”) entre as autoridades dos mundos hispânico e mapuche, tendo sido o último deles realizado em Boroa no ano de 1651. Desfecho e parte intrínseca do mesmo processo, uma sublevação indígena de extraordinárias proporções tomou conta de quase todo o centro-sul do Chile no ano de 1655. Já no ano seguinte, uma Real Cédula seria expedida proibindo que a prática do comércio escravista “a la usanza”. A comunicação proposta tem por objetivo explicitar as conexões particulares que envolvem essa tríade de eventos históricos (parlamento de Boroa, rebelião mapuche de 1655 e o fenômeno da escravidão “a la usanza”), deslindando as relações entre trabalho indígena, política e rebelião naquele contexto histórico determinado. |
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