Dados do autor | |
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Sua instituição | Universidade Federal Fluminense UFF |
País de origem do autor | Brasil |
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores] | |
Sua titulação | Pós-Doutorado |
Proposta de Paper | |
Área Temática | 16. História |
Grupo Temático | Prácticas, espacios y naturaleza: construcción de saberes y conocimientos científicos en espacios globales. |
Título | Carl Fr. Ph. von Martius (1794-1868) e a construção do saber sobre a natureza e as línguas indígenas no Brasil oitocentista |
Resumo | A construção do saber científico no Brasil oitocentista se desenvolveu, sobretudo, a partir da chegada da corte em 1808, quando missões científicas e artísticas, constituídas de naturalistas, trouxeram uma visão de mundo europeia, de cunho iluminista e secularizada, ao Brasil. A antiga colônia portuguesa, cuja intelectualidade se vinculava às missões religiosas e ao clima intelectual derivado delas, teve no século XIX a sua primeira integração a redes intelectuais voltadas ao desenvolvimento da ciência, sem a centralidade na política missionária para a conversão indígena. Nossa fundamentação teórica, para análise dos dados historiográficos nesse contexto, a partir de obras de Martius, sobre a natureza e as línguas indígenas no Brasil oitocentista, se vincula à Historiografia da Linguística (HL), com inpiração no modelo terminológico de Pierre Swiggers (2013) e com princípios teóricos e descritivos da Ecolinguística (EL) e da Análise do Discurso Ecológica (ADE), por Hildo Couto (2007). A obra de Carl Fr. Ph. von Martius é um dos produtos desse desenvolvimento científico inicial de cooperação entre o Brasil pós-colonial e independente e a Europa, tendo inspiração nas expedições de Alexander von Humboldt, o que se acentua com a criação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), em meados do século XIX. O tema a ser debatido se vincula à História da Ciência no Brasil, seja no âmbito das ciências naturais, seja no âmbito das ciências humanas, tendo em vista o caráter multidisciplinar das obras de Martius, que descreveu também as línguas indígenas brasileiras, na obra Glossaria Linguarum Brasiliensium, de 1863. Na apresentação, debateremos a rede científica que constituiu a equipe de elaboração da obra Flora Brasiliensis. Essa rede de colaboração englobava naturalistas, religiosos, coletores e botânicos de diversas nacionalidades, tanto da Europa quanto do Brasil, e ficou registrada na obra, iniciada por Martius no século XIX. |
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