Dados do autor | |
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Nome | Ieda Tucherman |
E-mail do autor | Email hidden; Javascript is required. |
Sua instituição | Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ |
Sua titulação | Pós-Doutorado |
País de origem do autor | Brasil |
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores] | |
Proposta de Paper | |
Área Temática | 16. História |
Grupo Temático | História dos Livros e dos Textos |
Título | Políticas da intimidade, bibliotecas e leituras |
Resumo | Os séculos XVII e XIX presenciaram e produziram uma experiência que podemos chamar de políticas da intimidade. No primeiro caso, o século do Conforto,o XVII, vai ver a substituição das novas dos palácios pelas das mansões burguesas onde a ideia de luxo se vincula mais a de um conforto interno do que à ostentação. Nestas grandes casas, novas em forma e espírito, arquitetos e decoradores vão propor novas unidades, tais como os quartos privados e novos móveis, próprios aos novos hábitos, tais como as papeleiras, responsáveis, pelo menos em parte, para a instalação dos hábitos da correspondência e da escrita de si, a saber os diários. A privacidade dos quartos vai permitir e incentivar a leitura deitado ou inclinado, gerando uma tendência ao devaneio e uma exacerbação de uma imaginação à prova de riscos. Como diz Flaubert, é possível fazer uma viagem sem sair do quarto. O segundo cômodo que contribuirá para esta presença visual e textual dos livros mas também das revistas e folhetins serão as salas de leitura, posteriormente bibliotecas, onde se dá o encontro privado das famílias consigo mesmas e seus tutores, marcando a presença do livro como este objeto que, vindo do mundo externo, traz novas ideias e significados para o mundo interno. Claro está que esta " popularização " do livro, elevou ao aumento das tiragens e ao barateamento de seu custo, o que, de certa forma, contribuiu também para a democratização da leitura nesta camada da população. O Século seguinte, XIX completará este serviço: construindo ou reformando as bibliotecas públicas, lugares que congraçam todos os tempos , neste momento onde contar a verdade é contar a história gerando um espaço que poderíamos chamar de público- privado, já que, embora aberto a todo cidadão letrado, em princípio e festejando o poderio de línguas e países na magnificência de suas construções, demandam o hábito do silênio contra a balbúrdia das novas cidades modernas. |
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