Dados do autor
NomePaulo Silva
E-mail do autorEmail hidden; Javascript is required.
Sua instituiçãoUniversidade Federal da Integração Latino-Americana UNILA
Sua titulaçãoPós-Doutorado
País de origem do autorBrasil
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
Nome completoWaldson de Almeida Dias Júnior
TitulaçãoMestre
País de origem do co-autorBrasil
InstituiçãoSecretaria Estadual de Educação do Estado do Paraná SEED/PR
Proposta de Paper
Área Temática09. Estudos Culturais
Grupo TemáticoEstudios Latinoamericanos: perspectivas nacionales, regionales y transnacionales
TítuloRepresentações sobre Stroessner e seu governo no jornal O Globo durante a construção da Ponte da Amizade: “democracia”, autoritarismo e “progresso” (1956-1965).
Resumo

A produção sobre as relações entre Brasil e Paraguai no século XX se concentra nos Estados nacionais. Francisco Doratioto (2012) destaca que a primeira metade do século XX foi marcada por uma gradual aproximação entre os dois países após a Guerra da Tríplice Aliança (1864/1865-1870). Autores como Ceres Moraes (2000) ressaltam que esse processo foi aprofundado a partir da ditadura do general Alfredo Stroessner (1954-1989) no Paraguai – a qual coincidiu, em larga medida, com a ditadura brasileira (1964-1985). As disparidades econômicas e políticas entre os dois países fazem com que o tema seja frequentemente analisado sob o prisma dos interesses brasileiros. A construção da Ponte da Amizade pelo Brasil, a imigração de milhares de brasileiros ao Paraguai e a Usina Hidrelétrica da Itaipu seriam exemplos dessas relações pautadas pelos Estados nacionais e por interesses brasileiros.
Apesar do poderio e dos interesses brasileiros, a aproximação entre Brasil e Paraguai não foi um processo contínuo e isento de tensões. Além disso, não esteve restrita aos Estados nacionais e foi acompanhada por diferentes grupos político-sociais. O objetivo da comunicação é analisar representações sobre Stroessner e seu governo no jornal O Globo durante a construção da Ponte da Amizade (1956-1965). O jornal, representante dos grupos liberais brasileiros, era favorável à obra – inclusive por suas vinculações com empreiteiras (CAMPOS, 2019). Entretanto, no plano político, veiculou representações divergentes sobre Stroessner e seu governo, ora como “democráticos”, ora como autoritários. O aumento do anticomunismo e o golpe de 1964 no Brasil fariam com que prevalecesse o alinhamento do jornal com a política de aproximação entre os dois países.

Palavras-chave
Palavras-chave
  • Relações Brasil-Paraguai
  • imprensa
  • Stroessner