Autor | Fernando Gastal de Castro |
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Sua instituição | Fernando Gastal de Castro - Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ |
Co-autor | André Barata |
Instituição co-autor | Universidade Beira do Interior |
Área Temática | 15. Filosofia e Pensamento |
Título | FORMAS DE TOTALITARISMO NO CONTEMPORANEO E O PAPEL DA CRÍTICA RADICAL |
Resumo | A sociedade contemporânea tem se tornado cada vez mais totalitária. Em tempos de “capitalismo de fim de linha” conforme enfatiza Robert Kurz, os fundamentos da socialização moderna deterioram-se rapidamente. Diferente de outros momentos críticos do passado, a crise contemporânea mostra-se estrutural, visto que seu cerne, a mercadoria, na sua ânsia de valorização irracional e ilimitada na forma abstrata de “dinheiro”, deflagra por todos os recantos do globo a decomposição profunda da vida humana e natural. Instituem-se, em decorrência, formas totalitárias que unificam definitivamente, capitalismo e barbárie. Por um lado, presenciamos o totalitarismo econômico com a ditadura do capital fictício. Por outro, assistimos a emergência do totalitarismo político em função da decomposição da democracia liberal, dos direitos humanos e do Estado social. Podemos listar, da mesma forma, a emergência e ascensão do totalitarismo da indústria cultural e do consumo, que reduz a arte, o lazer e a relação com o mundo em geral, a ditadura do espetáculo mercantil. O trabalho, por sua vez, mostra-se, da mesma maneira, em profunda decomposição. Dado o alto grau de cientifização, a sociedade do trabalho despreza e torna inútil cada dia mais, a substância de sua própria riqueza criando formas de totalitarismo típicas de uma regressão civilizatória. Por fim, podemos ainda citar o totalitarismo do tempo. Não é exagero afirmar que vivemos no contemporâneo, sob a ditadura do tempo capaz de esvaziar cada vez mais a experiência humana de conteúdo significativo. É dentro deste contexto socialmente problemático que a critica radical mostra-se fundamental. Para além da critica exclusiva ao neoliberalismo, bem como, da tradição esquerdista centrada na contradição capital-trabalho, propõe-se aqui uma renovação de perspectivas que interrogue os fundamentos da sociabilidade moderna e de sua profunda decomposição a partir de outras bases, capazes de renovar nossas possibilidades emancipatórias. |
Palavras-chave |
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