Dados do autor
NomeIsabel Georges
E-mail do autorEmail hidden; Javascript is required.
Sua instituiçãoInstitut de recherche pour le développement IRD
Sua titulaçãoPós-Doutorado
País de origem do autorFrança
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
Proposta de Paper
Área Temática07. Derechos Humanos y Cultura de la Paz
Grupo Temático¿La(s) crisis, nuevo instrumento de gestión de lo social (y de lo político)? Gobernar mediante la crisis, experiencias latinoamericanas
TítuloDe uma conjuntura para outra ? Usos e abusos de uma categoria
Resumo

Em contraste com as abordagens que lidam com mudanças cíclicas, crises ou rupturas do contexto, esta comunicação visa questionar a própria categoria de “conjuntura”. O objetivo aqui é desnaturalizar esta noção e analisar seus usos múltiplos e concorrentes de um período para o outro, e o lugar ocupado pelas políticas sociais. Tratar-se-ia de examinar a noção de conjuntura, através do caso da América Latina, que por sua vez foi considerada como um "laboratório para a experimentação do neoliberalismo, [...] para se tornar um laboratório para a contestação do neoliberalismo" (Gaudichaud, 2008), e depois para ser considerada, até meados dos anos 2010, como um "laboratório para [as novas] políticas sociais" (Lautier, 2012; Georges, Santos, 2016; Destremau, Georges, 2017). Tendo há muito tempo atraído a atenção de várias "esquerdas" ao redor do mundo, esta última acabou se afastando dele, decepcionada com os destroços de um projeto político que alguns descreveram como "neoliberalismo progressivo" (Fraser, 2018) ou um "momento pós-neoliberal" (Gaudichaud & Posado, 2021). Mais recentemente, observa-se uma aceleração do ritmo das mudanças e suas amplitudes, como um acirramento entre formas de contestação e de repressão, como alternâncias políticas, em diferentes países da região.
Começando pelo caso do Brasil, tratar-se ia de colocar em perspectiva estes diferentes momentos, suas continuidades e rupturas, buscando jogar luz no lugar das políticas sociais, e seus usos, em cada momento desde a emergência do Estado social no Brasil, de forma concomitante à legislação trabalhista. Em particular, a ideia é de adentrar as políticas sociais, entendidas como uma forma de institucionalização das demandas sociais, por um lado, assim como um modo de impulsionar formas de mobilização, dos movimentos sociais aos novos “ativismos”, passando pelo papel dos sindicatos. Em resumo, tratar-se ia de questionar o papel de possíveis instâncias de mediação, entre rupturas e continuidades.

Palavras-chave
Palavras-chave
  • Conjuntura política
  • Crise
  • Políticas sociais
  • Neoliberalismo
  • Continuidades e rupturas