Dados do autor
NomeAnderson Baptista
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Sua instituiçãoUniversidade Estácio de Sá UNESA
Sua titulaçãoDoutor
País de origem do autorBrasil
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
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Nome completoJorge Teles
TitulaçãoDoutor
País de origem do co-autorBrasil
InstituiçãoPrefeitura Municipal de Niterói PMN
Proposta de Paper
Área Temática08. Educação
Grupo TemáticoPolíticas de Educação para Jovens e Adultos em tempos de pós-pandemia e de retrocessos políticos na latino-américa / Políticas educativas para jóvenes y adultos en tiempos de reveses post pandemia y políticos en América Latina
TítuloA Educação de Jovens e Adultos e o desafio da inclusão digital
Resumo

A pandemia trouxe novos desafios para a participação social e acelerou a vida virtual, aprofundando distâncias sociais e apontando para uma questão ontológica, pois nos fazemos humanos na relação com o outro (ARENDT, 2014). Se por um lado, as novas tecnologias facilitam a vida, por outro, ampliam os desafios da EJA, pois o “ser” na sociedade atual envolve não só habilidades de leitura e escrita, mas também inserção no mundo digital, ou seja, o “existir” socialmente é perpassado pelas ferramentas digitais. Pessoas não escolarizadas no tempo socialmente estabelecido convivem com estigmas psicológicos e materiais, dado que existir sem letramento em uma sociedade grafocêntrica é sinônimo de subsistir.
A humanidade ainda está aprendendo a lidar com a realidade pós-pandemia e seus impactos sobre tecnologias e educação. A BNCC propõe incorporar as novas tecnologias à formação dos estudantes. Porém, outra vez o público da EJA é excluído. Pouco se fala em formas de inclusão de jovens e adultos. Quais os desafios para que esses sujeitos não sejam duplamente excluídos? Essa inclusão vai muito além de possuir equipamentos que garantam acesso a plataformas digitais, passa por habilidades para uso social, crítico e cidadão de tais ferramentas.
Como direitos são construções históricas e a educação é direito fundamental (BOBBIO, 2004), a negação do letramento digital também é construída historicamente, fruto de relações de poder que elegem, nem sempre de maneira explícita, quem irá desfrutá-lo. E por envolver elementos ontológicos, essa eleição passa pelo (não) “ser”, interditando os sujeitos da EJA.
Nesse artigo refletimos sobre EJA e inclusão digital, pondo em diálogo autores da EJA e aqueles da relação da educação com as tecnologias, na ótica do aprender por toda a vida, frente aos desafios do viver pós-pandemia. O objetivo é (re)pensar políticas que evitem que a EJA mais uma vez seja excluída do bonde da história, ajudando a “adiar o fim do mundo” para esses sujeitos.

Palavras-chave
Palavras-chave
  • Educação de Jovens e Adultos
  • Políticas de Educação Pós-pandemia
  • Dignidade Humana
  • Novas Tecnologias
  • Direito a Educação