Dados do autor | |
---|---|
Sua instituição | Universidade Estadual de Campinas UNICAMP |
País de origem do autor | Brasil |
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores] | |
Sua titulação | Doutorando |
Proposta de Paper | |
Área Temática | 09. Estudos Culturais |
Grupo Temático | "Memorias y (auto) biografias: teorias y prácticas" / “Memórias e (Auto) Biografias: teorias e práticas” |
Título | Biografias e trajetórias de “homens de cor” |
Resumo | O objetivo do presente paper é comparar duas biografias de homens negros e verificar quais foram as suas estratégias de luta e resistência no final do século XIX na cidade de Sabará, Minas Gerais/Brasil. Bento Epaminondas (1847-1904) foi um homem proveniente de uma família de sujeitos de cor livres que nasceu ainda na vigência da escravidão, na cidade de Diamantina. Atuou como rábula (advogado provisionado sem formação em Direito) e no início da década de 1870 migrou para Sabará, onde construiu uma carreira prestigiosa e assumiu postos importantes. Luiz Cassiano Martins Pereira Junior (1867-1903), por sua vez, nasceu em Sabará. Filho de um relacionamento interracial, sua família paterna integrava a elite política e econômica local. Ao longo da vida, assumiu-se como literato, abolicionista, republicano, anarquista e maçom. Foi empregado público, professor e pouco antes de falecer se formou em Direito. Mas foi como jornalista e político profissional que construiu carreira. Ambas as trajetórias são utilizadas para explorar a ascensão de homens negros nas últimas décadas do século XIX e, a partir delas, discutir questões envolvendo cor, cidadania, reconhecimento social e processos de racialização. Acompanhando essas suas biografias – por meio do exame de um diversificado e amplo conjunto de fontes –, apresenta-se características comuns desses intelectuais envolvidos nos círculos literários, nas lides políticas, no associativismo negro, no campo da educação, na agenda operária, na política e nas artes. Propõe-se, portanto, avaliar como as suas lutas pela efetivação plena da cidadania podem ou não se articular em uma perspectiva que extrapola os limites da vivência local. Desse modo, suas trajetórias auxiliam a pensar as expectativas e esperanças de liberdade negra do século XIX como parte da diáspora a que foi submetido o grande contingente africano. |
Palavras-chave | |
Palavras-chave |
|