Dados do autor
Sua instituiçãoUniversidade do Estado do Rio de Janeiro UERJ
País de origem do autorBrasil
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
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Nome completoRosilene Souza Almeida
Sua titulaçãoMestre
TitulaçãoMestre
País de origem do co-autorBrasil
InstituiçãoUniversidade do Estado do Rio de Janeiro UERJ
Proposta de Paper
Área Temática08. Educação
Grupo TemáticoPolíticas de Educação para Jovens e Adultos em tempos de pós-pandemia e de retrocessos políticos na latino-américa / Políticas educativas para jóvenes y adultos en tiempos de reveses post pandemia y políticos en América Latina
TítuloInterdições do direito à educação : entre dor, sofrimento e resistência
Resumo

Este resumo integra o estudo de um grupo de pesquisa de uma universidade localizada no Estado do Rio de Janeiro e destaca narrativas de uma liderança residente em um quilombo localizado na Região Metropolitana do estado do Rio de Janeiro, no ano de 2019. Teve como objetivo conhecer e compreender a trajetória escolar do sujeito entrevistado, identificando processos de interdição do direito à educação e seus efeitos na vida cotidiana. Evidenciamos emoções e sentimentos, na forma como narrava e produzia suas biografias vividas, de resistência, conquistas, sonhos, dor e luta pela preservação da comunidade quilombola. A intenção com as narrativas, como Thompson (1992, p.261) alertou-nos foi “[...] ir além das generalizações estereotipadas ou evasivas e chegar a lembranças detalhadas” e o quanto o conhecimento dessas histórias de vida nos possibilitou entender singularidades das vivências sociais dominantes em cada época histórica dos sujeitos (SAWAIA, 2009).
Algumas enunciações do sujeito, reafirmam processos de exclusão e desigualdade que o acometeu e de injustiças sociais que foi/é vítima, culminando em diferentes interdições e negações. Neste sentido, atravessamentos como acesso, permanência e “sucesso” na escola e a necessidade do trabalho, aliados às situações muitas vezes relacionadas a questões raciais ou de gênero, impactaram seus modos de viver destituído do direito à educação.
A potência de uma das narrativas do sujeito reafirma e interroga tal processo de exclusão vivido desde a colonização da sociedade brasileira:
“[...] O negro até hoje não conseguiu se inserir dentro da sociedade brasileira! É [...] uma pena, o negro, que construiu nosso país, ser tratado dessa forma, não ter uma reparação [...] e as pessoas que passaram por isso? E as pessoas que já morreram?” (2019).
Apesar da realidade ter interditado sujeitos, em muitos temposespaços da vida, do direito à educação, suas narrativas desveladas e reveladas, produzem uma riqueza de sentidos.

Palavras-chave
Palavras-chave
  • Educação de Jovens e Adultos- Dignidade Humana-Políticas Públicas