Dados do autor | |
---|---|
Sua instituição | Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Faculdade de Ciências Humanas, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul PPGAS/FACH/UFMS |
País de origem do autor | Brasil |
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores] | |
Email hidden; Javascript is required. | |
Nome completo | Francesco Romizi |
Sua titulação | Mestrando |
Titulação | Pós-Doutorado |
País de origem do co-autor | Itália |
Instituição | Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Faculdade de Ciências Humanas, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul PPGAS/FACH/UFMS |
Proposta de Paper | |
Área Temática | 01. Antropología |
Grupo Temático | América y la colonización; indios, mestizos y europeos. |
Título | “Toda sexta-feira toda roupa é branca, toda pele é preta”: e quando a roupa e pele são brancas e a fé é preta? Diálogos sobre o empretecimento da sociedade pelo branco praticante do candomblé |
Resumo | O terreiro é lugar de reterritorialização e manutenção de um modo de viver africano; é solo afro no Brasil, o qual historicamente se constituiu sob a dominação do colonialismo. Em particular, o terreiro de candomblé é espaço, onde as relações dessa força/influência colonialista são subvertidas. Os processos de negociação/interação étnico-raciais ali presentes podem tornar a presença de brancos um fator não só de embranquecimento dos pretos, mas também de empretecimento desses brancos e nossa sociedade. Com efeito, a partir de vivências espirituais e experiências comunitárias, pessoas brancas podem adquirir valores “pretos”, que posteriormente levarão consigo para outros âmbitos da vida social. É o que se percebe, por exemplo, do trecho da composição de Adriana Calcanhotto, que escreveu em sua estadia em Salvador, e em que se lê “toda sexta-feira toda roupa é branca, toda pele é preta”. Afinal, toda sexta-feira, em devoção à Oxalá, as vestes são brancas, para todos. É pela experiência religiosa do candomblé que os valores comunitários e de pertencimento, que remetem às identidades e processos históricos de matriz africana, revelam uma potência decolonial. Fundamentado em uma pesquisa etnográfica, calcada na observação participante e pela análise dos discursos dos interlocutores entrevistados, à sombra da discussão teórica da antropologia das religiões afro-brasileiras, o presente trabalho se propõe a trazer uma reflexão sobre como a religiosidade de matriz africana candomblecista exerce influência na constituição do indivíduo branco e como isso reverbera pela sociedade. |
Palavras-chave | |
Palavras-chave |
|