| Resumo | A oferta de educação em espaços de privação de liberdade continua sendo um desafio para todos os atores envolvidos na gestão e planejamento de Programas ofertados pelas Secretarias de Estado responsáveis.
A reflexão aqui proposta deseja demonstrar as dinâmicas organizacionais de implementação das políticas educativas através da atuação das instituições que efetivam a sua execução nas Unidades Prisionais do Estado de São Paulo. Com a finalidade de compreender, historicamente, as diversas conexões formais das escalas de poder que se conjugam na tomada de decisão da gestão e do planejamento e seus desdobramentos para o público a ser atendido.
A metodologia é qualitativa, realizada através da Pesquisa Bibliográfica e Documental, com o intento de captar o movimento intrínseco as continuidades e contradições, que conformam os cenários sob análise. A partir do cenário perscrutado é possível afirmar que as instituições educativas caminharam em ritmo lento e cauteloso para ocuparem os lugares que são seus, por definição normativa, ainda mais em um contexto de grande complexidade que é a prisão, que gera a necessidade de atuação compartilhada ou interinstitucional. Adicione-se que organizações são formadas por pessoas que muitas vezes não têm consciências mais apuradas sobre o campo de possibilidades da educação, e se há evoluções, são poucas e repercussões pontuais, afinal a desconfiança e a descrença pairam sobre o clima organizacional e as diversas formas de investimentos têm um claro entendimento de precarização.
A reflexão tem como escopo apresentar argumentos que possam ajudar na avaliação da qualidade das ações empreendidas, apresentando categorias de análise que colaboram para a compreensão das práticas educativas. Categorias como: disponibilidade, adaptabilidade, acessibilidade e aceitabilidade, que orientarão a análise das práticas constituídas.
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